terça-feira, 31 de março de 2009

Inesgotável "à disposição de vossas excelências" (ou souvenir "como-o-macaco-gosta-de-banana...")

Não há nada mais básico do que um ajuntamento espontâneo de populares do sexo masculino frente ao quiosque do bairro para, entre guinchinhos de contentamento e depravação, bisbilhotar a capa de uma revista masculina.

Pois, para alegria e frenesim dos mesmos (e de outros tantos...), Portugal já tem a sua própria Playboy com mamas e outros afins lusitanos!

Duas coisas, no entanto, me parecem inacreditáveis:

Por um lado,
a algazarra que ainda existe com imagens repetitivas de mulheres ora debaixo do chuveiro a mostrar as mamas, ora a sair da piscina e a mostrar as mamas, ora a passear nua pelo jardim, com um ar inocente e angélico, estilo: "ai, meu Deus, quew ou muito me engano ou tenho as mamas à mostra!"...

Por outro lado,
apelidar-se de coragem o facto de se pagar as prestações da casa e das operações plásticas à conta de fotografias ousadas.

(Diz a rapariga que é uma simples modelo. Quer-me parecer que há uma palavrinha de 4 letras mais específica para caracterizar tal "simplicidade"!...)

A actual filosofia de vida contém-se apenas em duas perguntas:
Why not?

How much???

(O que será que aconteceu às mulheres portuguesas de Abril, cujas filhas e netas são tão facilmente atraídas por um monstro chamado dinheiro?!!)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Souvenires da semana:

Não ando inspirada para escrever.

Ficam as recordações de mais uma semana...



...! O jantar guloso (viva a dieta!!!):





...! A (quase...!) constatação:







...! A promoção, em tempos de crise (para auxiliar os criminosos mais pobrezinhos!!!):


quinta-feira, 26 de março de 2009

Inesgotável peso:



E de repente alguém diz,
simplesmente,
e sem aviso prévio,
no meio de uma conversa informal:

GOSTO DE TI.

(Como se eu não tivesse mais com que me preocupar... Agora carrego este peso,estranhamente saudavel e apetecivel, mas demasiado pesado, pelo menos por agora, que estou em metamorfose...)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Souvenires da semana:



Uma pessoa distrai-se e quando dá conta...

ZÁS-TRÁS!...
Passou o raio da semana...!

...! No(s) emprego(s) somos cada vez menos...
(Quer-me parecer que as entidades patronais querem brincar ao jogo da cadeira com os funcionários...)

...! Na faculdade, fui ontem fazer exame de direito Executivo, depois de ter sido gentilmente ameaçada via e-mail pela Secretaria que me proibiriam de o realizar se não regularizasse as propinas. (Logo eu, que sou cumpridora dos pagamentos!... Haja paciência...)

...! Na aula de Direitos Fundamentais a professora assistente encolerizou-se com uma aluna que referiu não dever ser eliminado do registo criminal os crimes de natureza sexual, dada a sua elevada taxa de reincidência por parte do agressor, e os danos causados à vítima.

"Inadmissível - comentou ainda a professora - pois à luz do nosso ordenamento jurídico não há prisões perpétuas, e o registo criminal se não fosse apagado funcionaria de igual modo, o que é altamente desproporcional. Se um homem violar aos 18 anos, aos 50 anos é livre."

(Pois, pois... muito justo senhora professora. Tão depressa se fala de luz do ordenamento jurídico como se evidencia a cegueira da Dona Justiça... Quanto à desproporcionalidade, talvez devesse ouvir o relato da mulher austríaca que viveu 24 anos na cave da própria casa para satisfazer os caprichos sexuais do pai...)

GRRRREEEE!!!
QUE SAUDADES DOS MARRETAS!...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Inesgotável recorte de jornal:

"Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
(...)
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
(...)
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas.
Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
(...)
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças , de protecções e lavagens , de corporações e famílias , de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa."

Clara Ferreira Alves
(Crónica no "Expresso")

quinta-feira, 5 de março de 2009

Souvenir metereológico II:

I´m not crying...
It´s just raining on my face!...

“Vou contar uma história.
Havia uma rapariga que era maior de um lado que do outro.
Cortaram-lhe um pedaço do lado maior:
foi de mais.
Ficou maior do lado que era dantes mais pequeno.
Cortaram.
Ficou de novo maior.
Tornaram a cortar.
Foram cortando e cortando.
O objectivo era este:
criar um ser normal.
Não conseguiram.

A rapariga acabou por desaparecer, de tão cortada dos dois lados.”
Herberto Hélder

Souvenir metereológicoI:


“Palavra de honra que
devia chover lágrimas
quando o coração pesa muito.”
António Lobo Antunes

Queria fazer as malas e ir para uma vida menos confusa.