terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Inesgotável estado:


Se é para rapar frio num País onde tenho de gramar Cavaco mais 5 anos,
esperar mais um quantos meses para o raio do estágio na Ordem dos Advogados começar,
ver quem não quero,
perder sonhos e o cartão multibanco,
ler remas de lixo académico para a puta Pós-Graduação,
ver o Bibi dizer na televisão que afinal foi a polícia que o obrigou a acusar os arguidos...
então prefiro hibernar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

...!

O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, datado de 09 de Dezembro de 2010, veio reduzir, de 7 para 5 anos, a pena de prisão aplicada a um pai que violou 8 anos a fio a sua própria filha, agora com 15 anos de idade.

Portanto, nem a pena inicial coincidia com a duração do horror vivido pela menina.


Filhos-da-puta.

O pai.

E os juizes.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

...!


Diz que este ano regresso à dança.
Nervoso miudinho...

Inesgotável compra:










O vestido azul dos meus sonhos de criança.
A chatice é enfiá-lo num corpo de mulher...




segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Souvenires de terror:


Chovem pássaros mortos e arrancam-se pilas com saca-rolhas...

Inesgotável trava-línguas:


Ainda ontem o hoje só vinha amanhã.

Souvenir bipolar:

Inesgotável recaída:

Da chuva, que teima em embaciar-me os olhos...

Souvenir passado:



Soubesse eu que aquela era a última vez e ter-te-ia abraço mais.


Com mais força.


Por mais tempo.

Inesgotável sensação:

I feel like I'm waiting
for something
that isn't goin to happen.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Souvenir estranho:


Encontrar, no Facebook,
antigo colega semi-anão de escola primária
que comia os próprios macacos do nariz,
depois de se assoar aos cadernos,
e que cheirava a batatas fritas,
e constatar que se tornou num matulão tatuado
com um pescoço do tamanho de um tronco de árvore,
que emigrou para França
num dois cavalos verde tropa
para trabalhar numa fábrica de papel,
e que é agora gerente de um Pub em Inglaterra,
onde canta
e toca viola.



Faz-me pensar que não aproveitei devidamente os últimos 15 anos...

Inesgotável lista:


Souvenir temporal:


“Devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
O ódio transforma-se em tempo,
O amor transforma-se em tempo,
A dor transforma-se em tempo.
Os assuntos que julgámos mais profundos,
Mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
Transformam-se devagar em tempo.
Por si só, o tempo não é nada.
A idade de nada é nada.
A eternidade não existe.
No entanto, a eternidade existe.
Os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
Os instantes do teu sorriso eram eternos.
Os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
Foste eterna... até ao fim.”


(José Luís Peixoto)

Inesgotável sinceridade:


sábado, 8 de janeiro de 2011

...!


Souvenir político:


Candidatos à presidência da República foram à margem sul.

Terão ido de camelo...

ou simplesmente de carro,

como quem percorre as estradas e pontes da civilização?

Inesgotável paradoxo:

Segundo o Diário de Notícias, a cada 12 dias é criada uma nova Fundação.
Basicamente, uma fundação é uma instituição de direito privado, com património próprio, sem titulares, sócios ou accionistas, que prossegue uma determinada finalidade específica, sem fins lucrativos, dirigida por administradores ou curadores, conforme os seus estatutos.

Ora, estas fundações têm acesso a dinheiros públicos, que patrocinam os salários milionários dos seus administradores.

A título de exemplo, por Despacho do Ministério dos Negócios Estrangeiros, de 05 de Agosto de 2010, 850 mil euros foram enviados para o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, que o canalizou para 6 fundações. Isto dá uma média de pouco menos de 142 mil euros para cada uma das fundações, verba essa semestral.

Custa a querer que o mesmo país cujo ordenado mínimo ainda não são os prometidos 500 euros, que corta e reduz abonos de família e ordenados públicos, que retira isenções de tratamentos e medicamentos a doentes crónicos e desempregados tenha capacidade orçamental para distribuir verbas por fundações que pagam salários de 15 mil euros...

Souvenir musical:


"Será que soube dar-te tudo o que querias, ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer, ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul, ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia, ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.
Será que ainda te posso valer, ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo, este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti, ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda, ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar, ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam e as pedras do chão, ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.
Será que sabes que hoje é Domingo, ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir ou é tempo que pedes quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz, que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra, que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.(…)”

(Será - Pedro Abrunhosa)

Inesgotável certeza:


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Souvenir alternativo:

(Closer, 2004)

Ser mais velha e mais fútil faria de mim, hoje, uma mulher mais feliz.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

...!

Se tudo o que existe e está vivo termina, um dia,
porque é que o Amor não há-de, igualmente, morrer,
concluido o seu percurso,
ainda que breve?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Inesgotável vontade:

...mais nada!

Souvenir relembrado:

MICAS!...
Porque faz hoje 5 meses que te perdi...

Inesgotável lamúrio:






E eis que quando me começo a habituar à vida de doente apaparicada, regresso, amanhã, à vida real...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Souvenir de fim de 2010/início de 2011:


E então julguei que era desta que me dava o badagaio.
De repente fiquei tonta e senti uma dor no peito como se me estivessem a dar com um martelo no coração, enganados que fosse um sino.
Agarrei-me ao sofá da sala, na queda para o chão, enquanto gemia a única palavra capaz de me tranquilizar: mãe!
Arrastei-me, com a sua ajuda, para a casa de banho, para molhar as mãos e a cara.
A dor não passava.
Senti o corpo numa luta desesperada.
Comecei a vomitar e a chorar aflita.
Tive medo.
Mandei uma única mensagem de telemóvel, depois da meia-noite.
Vieram os meus tios.
Quiseram levar-me ao hospital.
Acalmei, e disse que não era preciso.
Sugeriram, então, levar-me ao centro de saúde na manhã seguinte.
Diagnóstico: virose desconhecida.
Vou estar a repousar nos próximos dias.
Grata por não ser nada de grave.
Porque tenho tanto ainda para fazer, para viver.
Tantas mensagens de telemóvel ainda por enviar...
Que este ano nos traga força para mudar o que podemos
e coragem para enfrentar o que não podemos mudar.