quinta-feira, 29 de abril de 2010

Inesgotável refeição:









Hoje sou eu a cozinhar.

Por isso vamos jantar fora!

domingo, 25 de abril de 2010

Souvenir de Abril:

Um empresário condenado por corrupção em 1.ª Instância é absolvido no Tribunal da Relação, indiferente à matéria de facto; uma mulher, com o mesmo cargo de um homem, continua a receber um salário inferior; nos discursos comemorativos do 25 de Abril citam-se Lenine e Zeca Afonso. E dizem que faz 36 anos a Revolução.
Não sei bem é a que revolução se referem...

Inesgotável informação #1:


Perninhas-de-pau que me lêem, recolham a bandeira da caveira na proa do vosso navio de ilegalidades!

No que toca a direitos de autor, pura e simplesmente NÃO EXISTE o termo pirataria.

Ao invés disso, temos:

- Os usurpadores
(que utilizam qualquer obra literária, musical ou artística sem a respectiva autorização - prévia e por escrito - do respectivo autor)

- Os contrafactores
(que utilizam a obra como se fosse criação sua - aka plágio!)

- Os aproveitadores de obra usurpada e contrafeita
(que põem à venda, vendem, importam, exportam, ou por qualquer outra forma expôem ao público cópia não autorizada)


Digam lá se estes nomes não são muito mais cool;-)

Souvenir do mundo da moda:

Cliente 1: Olá. Tu também vens aqui?
Cliente 2: Sim. Vim escolher um vestido para levar à inauguração do restaurante do meu ex.
Cliente 1: Ah... ainda gostas dele?
Cliente 2: Claro que não. O gajo é-me completamente indiferente!... Só quero que saiba que continuo boa.
Cliente 1: Pois eu vim apenas espreitar. Hoje só trouxe dinheiro para etiquetas.
Cliente 2: Etiquetas?
Cliente 1: Sim. Mudei-me recentemente para casa do meu namorado e estou a etiquetar tudo o que é meu.
Cliente 2: Porquê?
Cliente 1: Quando acabarmos vai ser mais fácil saber o que é de quem.

Inesgotável manual da normalidade:












(O espaço em branco é o que sei sobre o assunto, tendo em conta que ontem à noite trauteei a música do Pingo Doce, enquanto fazia compras no Continente...)

Souvenir doméstico:

Tinha 9 anos quando chegáste.
Tu tinhas 2 meses.
Encontrei-te no último dia de aulas da 4ª classe,
num tempo em que ambas cheirávamos
a sonhos e a leite morno.
Vieram as brincadeiras,
as primeiras arranhadelas,
(que ainda hoje o meu braço esquerdo narra...)
e o dormires na cama às escondidas da mãe.
Ainda hoje sabes sempre quando ronronar e quando arranhar.
Eu tive piolhos.
Tu tiveste pulgas.
Eu tive otite.
Tu tiveste uma grande constipação.
Eu gamei gomas no self-service do Pingo Doce.
Tu gamáste uma costeleta ao vizinho da rua de baixo.
Eu leio livros.
Tu rasgas livros.
Eu gosto de iogurte de manga,
azeitonas verdes e queijo.
Tu gostas de iogurte de banana,
azeitonas pretas e fiambre.
Eu fui vegetariana.
Tu foste bulímica.
Eu encontrei O amoR - tu conheceste-o.
Tu foste mãe - eu cresci com os teus 5 pimpolhos.
Eu não gosto de me ver ao espelho.
Tu passas 1/4 do dia a observares-te ao espelho, com deleite.
Ainda hoje lá estavas no teu "banho matinal", frente ao espelho da casa-de-banho.
Senti-te solidária nas minhas angústias,
ciumenta nas minhas amizades,
satisfeita nas minhas vitórias,
e com um enorme sentido de humor para me pregar sustos...
Ainda hoje te escondeste atrás da porta do quarto, de olhos predadoramente pretos.
És um ser livre,
velho, doente e cansado,
mas escolhes ficar e sobreviver.
Até quando Micas,
pergunto-me eu...

Inesgotável feminismo:


Tenho dito.

Souvenir monetário:

“O amor ao dinheiro é raiz de toda sorte de coisas prejudiciais.”
1 Timóteo 6:10


Porém...

que felicidade vai ser para o meu gestor de conta quando verificar que o produto salarial do meu trabalho ascende aos quatro dígitos! Parece-me que já não vai poder anotar o meu saldo num post-it amareluxo sempre que lhe pedir informações ao balcão...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Inesgotável mensagem:

Exmos Sr.s Juizes de Direito deste País:

Uma vez que sou recente nestas andanças DA JUSTIÇA, e demoro ainda algum tempo a elaborar as respostas solicitadas por V. Exa.s, que tal começarem a ir ao dicionário jurídico (ou até mesmo ao da nossa lingua materna!) sempre que tiverem dúvidas?


"Sulicitamos"?
"pro favore"?
"se deseja interpor acçao"?
"para regularizar o crime"???
"previdência cautelar"?!...


Oh God...
O que será de mim quando começar a ir a Tribunal...

domingo, 18 de abril de 2010

...!


Então parece que afinal não era uma ameaça.
Era uma constatação. Para ele. Está doente. E agora quer retomar o que nunca existiu. E brincar com o tempo. E com os afectos.




(Foto da prima Gigi.)

Souvenir pessoal:

Regressam as insónias.

Inesgotável vontade:





Voltar a dançar.
Que saudades...

sábado, 17 de abril de 2010

Souvenir meteorológico:


Diz que hoje a chuva amansa.
'Tá bem...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Inesgotável dia:

(Foto da primita Gigi.)

Beijinhos à entrada do escritório,
postais gratuitos,
e-mails aos outros departamentos,
dicionário na elaboração de parecer,
telefonema a tribunal,
VELÓRIO no local de trabalho.

O habitual, portanto!...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Souvenir caseiro:


Hoje é a minha mãe quem está a gramar o programa do Miguel Sousa Tavares.

Não pela entrevista, em si.
Não por gostar minimamente de política.
Mas porque está a tirar fotografias com o telemóvel ao Passos Coelho.

Inesgotável correcção:


Espaço físico: a minha rua.

Espaço temporal: entardecer de hoje, depois de eu ter passeado a minha cadela (e, o civismo assim me obriga, apanhado o seu "presentinho" com um saco da Câmara Municipal).

Protagonistas: eu e uma vizinha .

Testemunhas: a minha cadela e a filha adolescente da vizinha.

Episódio:
Vizinha - Que nojo, a passear aqui o cão! Eu devia de apresentar queixa na esquadra para a senhora ser multada.

Eu - Boa noite! Fique entao a saber que eu moro ali no numero 23. Porém, não é na esquadra, é na polícia municipal. Não é uma queixa, é uma denúncia. E não é uma multa, é uma coima. Já agora, e uma vez que a senhora é tão diligente, aproveite e esteja também atenta aos casos de violência contra familiares idosos no bairro, porque desde a alteração legislativa do Código Penal, em Fevereiro de 2009, são considerados violência doméstica. E aí, sim, vai à esquadra apresentar queixa. Tudo isto para lhe dizer que a LOLITA não é um cão, é uma cadela.

domingo, 11 de abril de 2010

Souvenir pedido:

Ele: Julgo que ainda não te dei nada como prenda de licenciatura.

Ela: Não tens de dar, ora essa...

Ele: Eu insisto, a sério. O que é que queres?

Ela: Hum, está bem... então quero o John Mayer.

Ele: O último CD?...

Ela: Não, não. "O" John Mayer.

Ele: Mas tu pensas que é só pedir, não?

Ela: Ah, desculpa. Quero o John Mayer, se-faz-favor.

Inesgotável conselho:

(imagem de MArc JAcobs)
Perante uma mulher...
1- Sempre que estiveres errado, admite.
2- Quando estiveres certo... cala-te.

domingo, 4 de abril de 2010

Souvenir patriótico:

A agricultura definha.
Desapareceu-se com as pescas.
Há pouco ou nenhum turismo.
Não se investe na cultura.
Não existe independência a nível energético.
As principais indústrias prosperam nas mãos de multinacionais estrangeiras.
Cresce o desemprego.
A população é envelhecida.
Há localidades ainda sem saneamento básico.
As barreiras arquitectónicas de acesso a pessoas portadoras de deficiências físicas permanecem, mesmo nos edifícios públicos, apesar de existir um extenso trabalho legislativo sobre o assunto.
Existem mais de 2 milhões de pobres.
O Presidente da República apela à capacidade de contenção e sacrificio, enquanto acumula com o seu salário de luxo (dos mais altos da UE) 2 ou 3 pensões.
O Primeiro Ministro, cuja sua fonte de redimento é (apenas?) o seu salário no Governo, é cliente da loja de vestuário masculino mais cara de Los Angeles, A Bijan, em Rodeo Drive, que vende pares de meias a 50 dólares e fatos a 50 mil dólares.
O Bastonário da Ordem dos Advogados (aquele que se mete em processos em que não é advogado, não tem as contas aprovadas na Ordem dos Advogados já por duas vezes e tem a maioria dos advogados contra ele) complica o acesso à profissão, introduzindo um exame de admissão à Ordem, que já foi judicialmente considerado inconstitucional.
Um consul honorário português, segundo a revista Der Spiegel meteu, impunemente, ao bolso 1,6 milhões de euros.
E depois há os corruptos, os pedófilos, os burlões, os agressores domésticos, os analfabetos e os mentirosos avulsos nos orgãos de soberania.
E a Maçonaria, no topo da Democracia, da Constituição da República e do Estado de Direito.
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(A partir de agora, aguardo
uma cabeça de cavalo nos lençóis da minha cama...)

sábado, 3 de abril de 2010

Inesgotável confidência:

Souvenir encaixotado:

Enquanto organizava os apontamentos e papeladas que acumulei durante os anos de licenciatura, (re)encontrei uma caixinha verde, cheia de rabiscos hebraicos, fotografias tipo passe com sorrisos, esboços de desenhos e utopias num caderno com um caracol na capa...

Incrivel como durante tanto tempo procurei por aquela caixa e só quando a julgava perdida (ou no lixo, depois de algum ataque meu de raivinha - que tenho vários!!!) é que a achei.

Deveria concluir com este episódio que a vida só nos dá o que pedimos, e queremos, quando menos esperamos.

Na verdade, apenas concluo que tenho de fazer mais vezes limpeza ao quarto!...

Inesgotável elegância masculina:

(Imagem daqui.)
Véspera de feriado.
Hora de ponta em Lisboa.
Carruagem do metro a parecer lata de sardinhas.
Senhor de fato, não muito novo, a cortar as unhas.
Rapaz de t-shirt pergunta as horas a rapariga carregada de livros.
Rapariga carregada de livros responde que não sabe.
Rapaz de t-shirt exclama, como quem vende óculos de marca contrafeita, "e sexo, queres?".
Rapariga imagina que lança pilinha de rapaz para uma trituradora de papel.
Senhor de fato indigna-se: Há com cada porco!...
(Enquanto limpa a unha do dedo mindinho esquerdo - que ficou, propositadamente, por cortar.)

Souvenir poético:

"Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todos os dias.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todos os dias.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres mais medo de morrer.

E então serás eterno."
(Cecília de Meireles)