segunda-feira, 26 de maio de 2008

Inesgotável vontade:

Queria ser novamente criança, ter a cara lambuzada de chocolate e sol dentro de mim. Deixar apenas as boas lembranças. Brincar dentro do roupeiro - castelo infinitamente mágico e romântico...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Souvenir de sabedoria:

Herrar é umano...!!!

domingo, 11 de maio de 2008

Inesgotável verdade:

"Zanta ballerinas, 2007"

O Homem é o único animal na Terra que tem consciência da sua finitude.
Por isso, desde sempre se questionou sobre o sentido e significado da morte, procurando uma explicação para ela:
quando virá,
para onde irá,
como acontecerá.

É quase irónico falar disto sem incorrer em contradição: porque falar de morte é sempre da dos outros, uma morte alheia, da qual apenas sentimos os efeitos, e a perda, mas cuja realidade não vivemos ainda.

As civilizações antigas olhavam a morte de frente, preparando o caminho para chegar até ela. Eram os mortos respeitados e temidos. Pelo contrário, hoje, cala-se a morte, e correm-se as cortinas nos doentes em fim de vida... tornou-se este tema num vazio globalizante.

Mas certo é que todos sentem haver na morte qualquer coisa de absurdo
e de contrário à natureza.

Então porque surge às vezes esse desejo de abraçar o temível desconhecido, como quem abraça um amigo???

quinta-feira, 1 de maio de 2008

...!

Eu vejo as ruas como elas são, sujas e gastas da perda que a vida traz,
dos desencontros que povoam a cidade do medo.
Eu vejo as nuvens, que ameaçam chover, mas não chovem.
Vejo a minha distância,
nesta dor que teima em crescer, nesta dúvida que teima em doer longe...
Vejo o caminho esmorecer,
anos que se perderam em vão.
Os erros que ficaram por remendar, os sentimentos estilhaçados na cabeceira...

Vou guardar os beijos que tinha para dar, os sussurros impronunciáveis.
E os sonhos que se rasgaram nas escadas, que fugiram num táxi...
Vou ambicionar alcançar um dia paz, e não sentir mais fome de fugir.

Encontrar-me, finalmente, para ser quem devo ser.