
Daqueles que sorriem para as estranhas que acham bonitas.
E que batem o pé, em jeito de tocar bateria, ao som da música ritmada do mp3.
E que andam com um livro na mão,
porque gostam de ler,
porque os livros são objectos lindos,
porque assim aparenta-se ter cultura,
porque fica bem.
Como se fosse fácil andar num mundo de gigantes egoístas, frutos de uma sociedade que liga mais ao exterior do que ao interior humano.
Como se não doessem os ossos, e os órgãos e os sentidos, por parecer tudo tão fora de alcance.
Como se à vida não lhe tivesse sido retirado tempo, devido à doença.
Como se os outros não olhassem com pena, ou espanto, ou indiferença.
Raio do homem que parece sempre tão incrivelmente confortável no seu corpo de bracinhos curtos e feições desproporcionais.